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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Existem raças Perigosas?

 

Não existem raças perigosas. Existem cães que pelo seu comportamento podem representar um perigo para a sociedade (cães e / ou pessoas). O comportamento agressivo de qualquer cão pode ser fruto de muitos factores, sendo que a sua raça não é definitivamente um deles. Pessoas que querem treinar cães a serem agressivos são muito bem sucedidas, e quanto maior e mais poderoso o cão, maior o dano que pode causar. É por isso que as pessoas mal intencionadas escolhem cães de porte grande e com imponência física.
Se uma pessoa quer tornar o cão agressivo pode fazê-lo independentemente da sua raça, por isso a lei não evita que pessoas com más intenções adquiram outras raças (e existem muitas de porte grande e imponentes) e continuem a promover comportamentos agressivos nessas.
Se a lei não muda a perspectiva e o que deve legislar, a lista de raças simplesmente vai continuar a aumentar. A responsabilidade da educação, do treino e do comportamento do cão é do ser humano. E em certos casos a lei responsabiliza somente um grupo de cães sem olhar às causas dessa agressão, sem punir os donos (permitindo que repitam os mesmos erros com outro cão) e sem ter em conta a individualidade de cada animal.

Diferentes Listas de cães perigosos!!

Uma prova concludente de que raça não é sinónimo de agressão jaz no simples facto de cada país ter um tipo diferente de raças que considera potencialmente perigosas.
Em Inglaterra, a raça Stattfordshire Bull Terrier não está contemplada na lei dos cães potencialmente perigosos. É um cão como qualquer outro. Curiosamente, se o trouxesse para Portugal, ao atravessar a fronteira, automaticamente este tornar-se-ia potencialmente perigoso.
Isto só acontece porque não existe nenhum fundamento factual na existência destas leis e destas listas. As raças «agraciadas» pela lei dos potencialmente perigosos são na realidade as raças mais maltratadas, abusadas e negligenciadas, são as raças vítimas da ignorância, das más intenções, da violência e, acima de tudo, da ignorância humana.
Não existe nenhuma prova científica factual que conclua que uma determinada raça é mais perigosa do que qualquer outra. A lei é que simplesmente é inadequada e extremamente injusta, não cumprindo nenhum dos objectivos a que se propõem.

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